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Novembro Azul 2017: Quando realizar o exame de toque?

Quando chega novembro e homens ao redor do mundo deixam o bigode crescer. Os formatos são variados – pode ser cheio, apenas um fiapo, quase hitleriano ou à la Salvador Dali -, mas todos têm o mesmo significado: aumentar a consciência sobre a necessidade de prevenção do câncer de próstata.

 

Câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens

 

Atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, o câncer de próstata é diagnosticado em 69 mil homens todos os anos no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em 2013, quando foi feito o último levantamento sobre o assunto, 13,7 mil homens vieram à óbito por causa da doença.

O câncer de próstata é causado pela multiplicação de células defeituosas, normalmente na região das glândulas que produzem o líquido seminal. Na maior parte dos casos, esse tipo de câncer têm um desenvolvimento lento. No entanto, uma detecção precoce da doença faz com que as chances de cura chegue a 90%.

O grande mote do movimento é combater o preconceito que sobrevoa toda a prevenção e o próprio câncer de próstata. Pesquisas mostram que mais de 85% dos homens têm resistência em relação ao exame de toque retal – que ao lado do PSA são os meios mais comuns de descobrir esse tipo de câncer. A situação fica ainda mais complexa, uma vez que ¾ dos casos identificados acontecem em homens com mais de 65 anos e, normalmente, mais conservadores em relação à prevenção.

A recomendação é de que após os 50 anos todos os homens procurem anualmente a um urologista para verificar a situação da próstata. Além disso, precisam ficar atentos a alguns sintomas: urinar com frequência, sentir dor ao urinar ou ejacular, e ter sangue na urina são alguns dos sinais de que é importante buscar um médico para fazer um check-up.

 

Quem precisa fazer o exame?

 

Sabe-se pouco sobre a maioria dos fatores de risco em relação ao câncer de próstata, já que os estudos epidemiológicos têm encontrado resultados inconsistentes. As justificativas que norteiam a detecção precoce da doença, assim como de qualquer outro tipo de câncer é que, quanto mais inicialmente for diagnosticado, maiores serão as chances de cura, além de permitir um tratamento menos agressivo e mutilante. Confira alguns fatores de risco!

1. Hereditariedade

Vários fatores podem ser responsáveis pelo câncer de próstata, e a hereditariedade é um deles. Principalmente se houver dois ou mais parentes de primeiro grau portadores da doença e se esta for descoberta antes dos 60 anos de idade.

2. Idade

Assim como em outros tipos de câncer, a idade é um marcador de risco importante, ganhando um significado especial no câncer da próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumentam exponencialmente após os 50 anos.

3. Alimentação

A influência da alimentação sobre a gênese do câncer ainda é incerta, não sendo conhecidos os exatos componentes ou mecanismos pelos quais ela pode influenciar o desenvolvimento da doença.

As evidências apontam que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e pobres em gordura, principalmente as de origem animal, não só ajuda a diminuir o risco de câncer, como também o risco de outras doenças crônicas não transmissíveis.

Também tem sido apontada uma relação positiva entre o alto consumo energético total e ingestão de carne vermelha, gorduras e leite e o risco de câncer da próstata. Por outro lado, o consumo de frutas, vegetais ricos em carotenoides (como o tomate e a cenoura) e leguminosas (como feijões, ervilhas e soja) tem sido associado a um efeito protetor.

Além desses, alguns componentes naturais dos alimentos, como as vitaminas (A, D e E) e minerais (selênio), também parecem desempenhar um papel protetor. Já outras substâncias geradas durante o preparo de alguns alimentos, como as aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, têm sido consideradas como componentes da dieta que poderiam aumentar o risco de câncer da próstata.

4. Hábitos de vida

Outros fatores cujas associações com câncer da próstata foram detectadas em alguns estudos incluem o “fator de crescimento análogo à insulina”, consumo excessivo de álcool e tabagismo. Homens com sobrepeso e obesos também possuem maior risco de desenvolver câncer de próstata.

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